No dia 24 de Setembro de 2011, a tribo Gil Eanes representada pela guia Daniela, sub-guia Eduardo e pelos caminheiros Júnio e Gisela, deram início ao acampamento espiritual, saindo da sede de as mochilas às costas até à Casa da Torre (Soutelo), onde o chefe de unidade, Nuno Dias, os esperava.
Às 9h:30 deram início à primeira actividade ”Espiritualidade no Escutismo”, acompanhados pelo seminarista Rui.
O Rui explicou-nos como podemos encontrar Deus nos símbolos dos caminheiros:
- Tenda – “única coisa que nos distancia do céu é um pano”, que nos protege da chuva, do orvalho da noite. Tal como a nossa pele que, sendo a nossa tenda diariamente, protege-nos das agressões da natureza e como a tenda devemos acolher Deus na nossa vida;
- Mochila - levar o essencial para partires à aventura, deixando de lado as coisas fúteis; levar a boa palavra de Deus;
- Fogo – que nos ilumina e nos aquece, que nos conforta a alma e o corpo; Deus deve ser a chama da nossa vida;
- Pão – alimento base; Deus deve ser igual e estar no centro de tudo e partilhar como Ele;
- Vara bifurcada – não é só para decidires o bem do mal, mas também para veres a diferença entre o bom e o melhor; “eu serei o teu cajado” Jesus queria dizer que seria o nosso apoio e devemos saber pedir ajuda;
- Evangelho – aliança; temos de guiar a nossa vida pelos bons caminhos.
Rui salientou que ao fim de dez anos ainda continua a ler o livro de B.P e que o escutismo é como o fogo, um bom chefe incendeia o jovem escuteiro a viver e a alastrar o escutismo e um bom chefe é como um pai, sempre pronto a ajudar.
Montadas as tendas, fomos a mais uma área do progresso individual, a área afectiva. Aqui fizemos um debate sobre a sexualidade, onde expusemos e tentámos resolver as nossas dúvidas.
Depois do almoço partilha, demos início ao raid, aqui com a presença de uma jovem, Olívia Mendes, que queria conhecer “o que é o caminheirismo”, juntando-se assim ao grupo. Os pontos do raid estavam relacionados com os seguintes temas:
- 1º Ponto – Alminhas. Com a dinâmica “Rasgar Sonhos”, em que a conclusão era: podes ter um mundo a dizer-te não, todavia se acreditares e confiares em ti ninguém te roubará os sonhos nem as qualidades.
- 2º Ponto – Igreja de Soutelo. Com a dinâmica “jogo do chapéu”, valorizar-nos também a nós próprios.
- 3º Ponto – Santuário do Alivio, onde se fez 2 dinâmicas de áreas distintas:
§ “Quem é o maior”, integrado na área social
§ “Parábola da vida”, integrado na área intelectual
- 4º Ponto – Rua da Barroca, onde fizemos duas dinâmicas da área do carácter:
§ “Salvar o sonho”, onde se concluiu que não é preciso destruir os sonhos dos outros para salvar o nosso
§ “A caixa”, concluímos que temos de ser cuidadosos perante as situações que nos aparecem, mesmo estas sendo situações de vergonha ou embaraçosas.
Às 19h, chegados à Casa da Torre, preparámos o merecido jantar – arroz com milho e bacon.
Contudo, antes de nos recolhermos na nossa aconchegada tenda fizemos uma reflexão “Quem sou eu”, pertencendo à área da afectividade.
Com a alvorada às 8h30 e ao fim do pequeno-almoço, tivemos mais 2 dinâmicas, no rio de Soutelo:
§ “Construção”: saber guiar-nos uns aos outros;
§ “Boneco”, por vezes temos que fazer coisas que menos nos agradam.
Com a nossa actividade quase concluída, às 12h fomos à Eucaristia e no final preparamos o nosso almoço – puré com salsichas.
Desmontadas as tendas, demos assim concluída a nossa actividade e, de regresso à sede, concluímos que o escutismo nos proporciona actividades onde se relacionam e iniciam descobertas e cria novas dimensões e alternativas atractivas.
Formiga Venenosa